O curso natural da vida leva a uma inversão de papéis: os filhos se tornam os responsáveis de seus pais, agora senescentes. Qual o momento em que isso se inverte e é necessário um cuidado diário mais cuidadoso?
A resposta não é exata. Segundo a psiquiatra Rita Cecília Reis Ferreira, do Programa Terceira Idade do IPq do HC da FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) para uma reportagem da Uol, o fato de o idoso estar lúcido não é sinônimo de não precisar de um cuidado mais constante. “A incapacidade física é mais fácil de ser aceita e percebida do que a diminuição da cognição e alguns sinais podem ajudar a realizar este acompanhamento”, afirma.
Ela lista alguns sinais de que será necessário intervir. São:
- Acidentes recentes ou quase-acidentes
- Recuperação lenta de doenças
- Dificuldade em gerenciar as atividades cotidianas
- Perda ou ganho de peso visível
- Mudanças na aparência
- Coisas quebradas e queimadas em casa
- Descontrole financeiro
Segundo ela, também é preciso ser delicado ao abordar o tema com o senescente. “Apontar apenas seus déficits pode causar um sofrimento emocional pautado no constrangimento”, finaliza.