O nome formal para o “conflito� entre diferentes medicamentos ministrados para uma mesma pessoa é interação medicamentosa. “São respostas farmacológicas, em que o efeito de um ou mais medicamentos são alterados pela administração de outro(s) medicamento(s) ou alimentos, numa mesma pessoa�, explica o Dr. Paulo Chiavone, médico especialista em Clínica Médica e Medicina Intensiva, com doutorado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. O especialista afirma que a prescrição simultânea de vários medicamentos é uma prática utilizada com frequência especialmente em senescentes. A administração de medicamentos variados merece especial atenção. Essas substâncias químicas podem interagir entre si e desencadear respostas indesejadas. “Esta interferência de um medicamento pode ocorrer tanto na ação do outro medicamento, como na eliminação, absorção e até nos possíveis efeitos adversos�, explica Chiavone.

O médico afirma que a indicação adequada do medicamento precede as interações medicamentosas. “Os hospitais (especialmente os com certificação de qualidade) têm programas que emitem mensagens de alerta para os prescritores diante da possibilidade de interação com outros medicamentos já prescritos�, conta. No âmbito ambulatorial é possível utilizar aplicativos que emitem os alertas da possibilidade de interação medicamentosa e/ou com alimentos. Na prática clínica é comum observar pacientes que chegam tomando oito, dez, doze medicamentos que vem sendo ingeridos há anos, prescritos por médicos ou como parte do “hábito muito comum� na nossa cultura da automedicação.
“Para avaliar esta situação é fundamental que pacientes e médicos respondam as perguntas abaixo para cada um dos medicamentos utilizados�, orienta Chiavone.

  1. Por que este medicamento? (para que serve e por que foi prescrito)?
  2. Por quanto tempo deve ser tomado?
  3. Quais os critérios utilizados para avaliar o efeito desejado deste medicamento?
  4. Como o paciente estava antes de tomar este medicamento (sintomas e exames complementares)?
  5. Como o paciente está durante a utilização deste medicamento ? (o que melhorou e o que não melhorou ou piorou)?
  6. Há alternativas não medicamentosa para auxiliar no tratamento?
  7. Quais são as consequências de não utilizar este medicamento ? (prós e contras de tomar ou não tomar)?
    “Quando analisamos as respostas para cada um dos medicamentos, fica claro quais são de fato os medicamentos necessários e aqueles que podem ser suspensos e assim prevenir interações medicamentosas�. Por isso, durante consultas médicas com profissionais de diferentes especialidades, fisioterapeutas ou nutricionistas, é essencial ter em mãos a lista de medicamentos e as doses ministradas de todos os medicamentos utilizados pelo senescente.

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