Nos últimos dias estamos nos resguardando, seguindo recomendações para evitar contagiar-nos e também transmitir o vírus. Enquanto fazemos isso, talvez não nos demos conta que essas são medidas de gestão de risco: para nós (risco de contrair a doença), para os outros (risco transmitir o vírus) e para o coletivo (risco de sobrecarregar o sistema de saúde). 

Da mesma forma, e em outras situações gerenciamos nossos riscos sem percebermos que o estamos fazendo: ao colocar o cinto de segurança, ao mudar de trabalho, ao escolher uma aplicação financeira, etc. Todos esses exemplos envolvem algum risco, e nossas decisões implicam em aceitar a possibilidade de um resultado inesperado, ou mesmo indesejado. 

Com o passar dos anos ficamos melhores em antever o que pode acontecer, resultado de experiências passadas, boas ou más. Nós, que estamos perto, ou acima dos 50 anos, podemos ter uma vantagem competitiva significativa se conseguirmos aliar essa experiência com a atitude de identificar riscos e buscar a informação para fazer o seu manejo de forma ativa. Ou seja, aliar experiência a conhecimento, buscar informação e usar isso para termos melhores chances de ter um resultado que queremos.

Um exemplo de como deixamos de observar, avaliar e mitigar riscos, é claramente visto à medida que avançamos na idade e nos descuidamos de aspectos básicos, como fazer um check up médico e dental anual e seguir as recomendações. Outro fundamental, é reconhecer que em um dado momento estaremos todos sujeitos a um desequilíbrio e eventual queda da própria altura, que em alguns casos pode levar a consequências péssimas. Se reconhecermos esses fatores, nos educarmos e tomarmos ações de redução do risco, teremos uma chance muito maior de ter o resultado que todos queremos: qualidade de vida em todas as fases da vida.

Termino essa breve digressão com uma sugestão de literatura não tão técnica e que pode dar alguns conceitos de gestão de risco: â€œA lógica do cisne negroâ€? de Nassim Nicholas Taleb.

Abraço,

Livius

PS: Texto gentilmente produzido por Livius Franco, COO em um grande banco alemão com base na Flórida. É um grande apoiador da Chronossomos, desde seus primórdios, e atua como Conselheiro (informal) em temas ligados a operações e TI.

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