Ainda quando pequeno, em idos tempos em que era possível se praticar, sem culpa, o politicamente incorreto, ouvi uma estória que falava dos 3 principais ativos, dados por Deus aos homens (Seres Humanos), que seriam os 3 T’s – Tempo, Tesão (Entusiasmo) e Tutu (dinheiro). Só que havia uma maldade nessa generosidade, os homens jamais poderiam dispor dos 3 ao mesmo tempo. Quando novos, teriam Tempo e Tesão, mas não teriam Tutu. Na meia idade, disporiam de Tesão e Tutu, mas nada de Tempo. Quando maduros, teriam Tempo e Tutu, mas lhe faltaria o Tesão.
Obviamente, não há nessa estória, nenhuma pretensão de se falar sobre os Valores Humanos, mas coloca os tais 3 T’s na categoria de Ativos ou Bens, os quais, sem muita reflexão, podemos verificar que fazemos mal uso dos mesmos. Em relação ao Tempo, podemos dizer ser também ativo, no sentido de que ele jamais para. E, lamentavelmente, é o que menos sabemos usufruir. Não raro, o desprezamos e o desperdiçamos, sendo certo ser o único o qual é, realmente, impossível se recuperar.
Pois bem, a “fábula dos 3 T’s” nos serve para intuir antigos paradigmas e preconceitos, que parecem se perpetuar nos dias atuais, mesmo a realidade de hoje nos mostrando que isso, se um dia foi verdade, mudou. Vemos pessoas com seus 90 aninhos, com mais disposição (e Tesão), do que muitos jovens. Isso, sem considerar as evoluções no campo da ciência e dos fármacos.
Curiosamente, a maioria da pessoas, de idade superior a 50 anos que conheço, possuem alguns questionamentos e características comuns. A grande maioria se vê “subaproveitado”, ou seja, se vê com capacidade para oferecer, seja a sociedade ou ao mercado, muita contribuição, de alguma forma, pensaram em suas condições de saúde e em suas finanças, mas poucas ou raras deram a devida importância ao Ativo Tempo. Talvez pelo fato de terem “desaprendido” a fazer bom uso dele. Além disso, noto também que as pessoas que pior utilizam o seu Tempo, são aquelas que dizem não dispor dele para nada.
Tendo em vista que todos nós, com um pouquinho de sorte e cuidados, iremos viver algo em torno de 90 anos, será que não está na hora de passarmos a dar valor a esse Ativo Tempo e começarmos a incluí-lo no pacote de nossas reflexões? Seja no Tempo Presente, seja nos “acréscimos”!
Posso afirmar que, de todos os BeLongers com os quais me relaciono, os que gozam de maior Vitaliência (Vontade e Prazer em Viver), são aqueles que compreenderam, desde cedo, o valor de se ter Tempo e sabem como usufruir bem do mesmo. Em contrapartida, aqueles que não sabem o que fazer com o Tempo que têm, tendem a sofrer e reclamar dos dias a mais em suas vidas.
Quer uma Vida Longa e Próspera? Passe a levar em conta o Ativo Tempo com seu devido valor.